VEJA DESISTE DO IMPEACHMENT?
O QUE ESTÁ ACONTECENDO!!!
A História nos conta o quanto as elites, seja em qualquer
época, teme um mínimo de desequilíbrio do status
quo.
Geralmente elas (as elites) têm muito a perder quando se
coloca em risco as instituições que a representam no âmbito da democracia
representativa.
Foi assim com a Emenda das Diretas Já, com a eleição de
Tancredo, com a saída de Collor e com a substituição do PSDB pelo PT (desde que
o PT desse um mínimo de garantia, como o fez através da Carta ao Povo
Brasileiro).
O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir a
escravatura, isso é deveras sintomático do modus
operandi de nossa elite.
Agora, diante de um possível risco eminente de desequilíbrio,
o que a bem pouco tempo era fato natural (o impeachment de Dilma) vira risco
institucional (diante da possibilidade de Eduardo Cunha e sua corja ocuparem o
espaço).
Baseado nessa premissa classista e histórica, a golpista
revista VEJA, se rende aos fatos e parece estar apeando de vez da montaria do impeachment.
Para defender esse novo caminhar da revista, os Civitas
escolheram um de seus mais prestigiados colunistas, Roberto Pompeu de Toledo.
Com artigo intitulado “Razões contra o impeachment”, Toledo
cita sete motivos para não mais apoiá-lo.
Não se trata de autocrítica ideológica, longe disso, mas do
mais deslavado recuo estratégico cuja principal motivação é a lógica do “um
passo atrás para dar dois na frente”.
Todos os tópicos merecem uma reflexão (e espero que o leitor
o faça), mas o 5 e o 6 são especiais.
O primeiro demonstra claramente que o nefasto presidente da
Câmara não terá mais a guarida do semanário, e o segundo, é o claro
reconhecimento de Veja que contra Dilma, por enquanto, nada há.
Sei que os paneleiros vão se mostrar indignados e traídos com essa posição
da revista, mas fazer o que, eles são, no fundo, um grande saco de gatos.
Vejam os tópicos:
1) "Convém não sacudir
demais o barco Brasil"
2) "Não há vislumbre de
composição política capaz de propiciar sucessão razoavelmente suave, como a
formada em torno de Itamar Franco quando Collor foi deposto".
3) "O PT desponta como o único beneficiário possível, a esta
altura, da queda de Dilma"
4) "A herança de Dilma
será pesada demais"
5) "Impeachment à moda de
Cunha é mais do que o país pode suportar"
6) "Presidentes não podem
ser afastados porque são ruins, ou porque não se gosta deles"
7) "O pós-impeachment
arrisca ser ainda mais tumultuado que o momento atual"
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