domingo, 19 de julho de 2015




VEJA DESISTE DO IMPEACHMENT? O QUE ESTÁ ACONTECENDO!!!

A História nos conta o quanto as elites, seja em qualquer época, teme um mínimo de desequilíbrio do status quo.

Geralmente elas (as elites) têm muito a perder quando se coloca em risco as instituições que a representam no âmbito da democracia representativa.

Foi assim com a Emenda das Diretas Já, com a eleição de Tancredo, com a saída de Collor e com a substituição do PSDB pelo PT (desde que o PT desse um mínimo de garantia, como o fez através da Carta ao Povo Brasileiro).

O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravatura, isso é deveras sintomático do modus operandi de nossa elite.

Agora, diante de um possível risco eminente de desequilíbrio, o que a bem pouco tempo era fato natural (o impeachment de Dilma) vira risco institucional (diante da possibilidade de Eduardo Cunha e sua corja ocuparem o espaço).

Baseado nessa premissa classista e histórica, a golpista revista VEJA, se rende aos fatos e parece estar apeando de vez da montaria do impeachment.

Para defender esse novo caminhar da revista, os Civitas escolheram um de seus mais prestigiados colunistas, Roberto Pompeu de Toledo.

Com artigo intitulado “Razões contra o impeachment”, Toledo cita sete motivos para não mais apoiá-lo.

Não se trata de autocrítica ideológica, longe disso, mas do mais deslavado recuo estratégico cuja principal motivação é a lógica do “um passo atrás para dar dois na frente”.

Todos os tópicos merecem uma reflexão (e espero que o leitor o faça), mas o 5 e o 6 são especiais.

O primeiro demonstra claramente que o nefasto presidente da Câmara não terá mais a guarida do semanário, e o segundo, é o claro reconhecimento de Veja que contra Dilma, por enquanto, nada há.

Sei que os paneleiros vão se mostrar indignados e traídos com essa posição da revista, mas fazer o que, eles são, no fundo, um grande saco de gatos.

Vejam os tópicos:

1) "Convém não sacudir demais o barco Brasil"

2) "Não há vislumbre de composição política capaz de propiciar sucessão razoavelmente suave, como a formada em torno de Itamar Franco quando Collor foi deposto".

3) "O PT desponta como o único beneficiário possível, a esta altura, da queda de Dilma"

4) "A herança de Dilma será pesada demais"

5) "Impeachment à moda de Cunha é mais do que o país pode suportar"

6) "Presidentes não podem ser afastados porque são ruins, ou porque não se gosta deles"

7) "O pós-impeachment arrisca ser ainda mais tumultuado que o momento atual"



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